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Oficinas gratuitas de danças afro-brasileiras estão com inscrições abertas
Contemplado com recursos da Lei Paulo Gustavo, o projeto Corpos Dissidentes inicia calendário de atividades neste domingo (28), no Jardim Imperial
Já sentiu que seu corpo não pode dançar? É com essa provocação que o projeto Corpos Dissidentes convida todos os corpos, sejam negros, gordos, LGBTQIAPN+, com deficiência, idosos, indígenas, orientais ou qualquer outro fora dos padrões, para participar das aulas gratuitas de danças afro-brasileiras que acontecerão ao longo dos próximos meses. A iniciativa, que começa neste domingo (28), inclui ainda a realização de rodas de conversa e de um espetáculo de dança inclusivo no final do projeto.
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Primeira oficina
A primeira oficina de dança do projeto será realizada no Centro Comunitário do Jardim Imperial (R. Pacaembu, 65), das 15h às 17h. As aulas serão conduzidas pelo professor, bailarino e coreógrafo Mestre Enoque Santos, com inscrições pelo formulário on-line disponibilizado no perfil do projeto no Instagram @projetocorposdissidentes , via WhatsApp – basta enviar mensagem para o número (11) 91898-2182, ou ainda no link: https://forms.gle/zahKQL1wzFRxaHSh8 .
Próximas etapas
A segunda oficina está marcada para o dia 25 de agosto, no Quilombo Urbano Negra Visão (R. Dr. Osvaldo Urioste, n°41, Centro). Nos meses de setembro e outubro, o projeto entra em uma segunda fase, com mais aulas de dança e rodas de conversa sobre os corpos dissidentes, corpos que foram subjugados e marginalizados de alguns espaços por não corresponderem ao padrão estabelecido como ideal pela sociedade.
Invisibilizados, esses corpos foram criticados, sofrendo diversas formas de preconceito ao longo da história. Propondo um novo caminho onde todo corpo que pulsa, sente e vibra é um corpo apropriado para dançar, capaz de fluir as estruturas sociais que o limitam, o projeto começa a fase de ensaios em novembro, culminando com uma apresentação especial de danças afro-brasileiras no dia 23 de novembro, às 20h, no Auditório Vilma Guzzi, no Cine Itá Cultural.
Mestre Enoque
Formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e responsável por diversos projetos junto ao Sesc, Mestre Enoque faz parte do coletivo de dança Osibàta. O habilidoso bailarino já se apresentou com o famoso dançarino Clyde Morgan, no espetáculo em homenagem a Pierre Verger, “Oriki para Zumbi”, na Pinacoteca de São Paulo, e realizou a preparação corporal da Cia de Diadema para a peça “Crendices Quem Disse”. Curador da São Paulo Escola de Dança, Mestre Enoque também já participou da Bienal Internacional Sesc de Dança.
Lei Paulo Gustavo
Financiado com recursos da Lei Paulo Gustavo, o projeto Corpos Dissidentes foi selecionado em edital da Secretaria Municipal de Cultura e é uma realização do Quilombo Urbano Negra Visão, com produção de Réka Dartte.