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POSTADO EM 25/02/2024 - 08h58

Aumento dos casos de dengue: como prevenir-se da doença

Saiba quem pode tomar a vacina, quais os sintomas mais comuns e como se proteger do mosquito transmissor

O Ministério da Saúde iniciou a distribuição das vacinas imunizantes contra a dengue para a vacinação do público-alvo inicial pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as crianças de 10 e 14 anos, conforme recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). As regiões e faixa etária selecionadas a princípio atendem a critérios específicos como o porte dos municípios, taxa elevada de transmissão da doença entre 2023 e 2024 nesses locais, maior número de hospitalização na idade selecionada, entre outros fatores.

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Essa definição prioritária foi necessária em virtude da capacidade limitada de fornecimento das doses pela fabricante da vacina. Na rede particular a vacina contra dengue está indicada em pessoas de 4 a 60 anos, sendo o esquema completo com 2 doses e intervalo de 3 meses. Contudo, neste momento de aumento de casos no Brasil e a vacinação ainda restrita, o reforço governamental e dos hospitais públicos e privados é de que haja intensificação na prevenção, com cuidado constante para a eliminação dos focos do mosquito transmissor dentro do domicílio e arredores, além de uso frequente de repelentes.

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O ciclo de vida do microrganismo ocorre em quatro etapas: ovo, larva, pupa e adulto, sendo o acúmulo de água limpa e parada em recipientes, vasos de plantas, pneus, calhas entupidas e garrafas o foco do depósito dos ovos para o início desse processo de desenvolvimento. O ciclo leva 7 dias, portanto é indicado que a população monitore os possíveis reservatórios pelo menos uma vez por semana em suas casas, não permitindo que o mosquito se desenvolva e possa transmitir a doença.

“É extremamente importante criar essa rotina semanal. Com a alta de casos no Brasil é primordial fazer uso do repelente e de telas de proteção sempre que possível, além de estar atento para a higienização de bebedouros. Essas atitudes fazem a diferença e protegem tanto o indivíduo quanto as pessoas que estão ao seu redor”, explica a infectologista do Sabin Atibaia, Renata D’Avila Couto.

Segundo a médica, os quadros clínicos da dengue são benignos na maioria das vezes, mas pode haver evolução para uma doença mais grave e até ao óbito. Os principais fatores para a gravidade incluem: a idade (crianças e idosos), infecção anterior por dengue, gestantes, histórico de doenças do indivíduo (problemas no coração, rins, obesidade, diabetes, entre outros). “Os quatro sorotipos da dengue classificados em 1, 2, 3 e 4 podem levar a manifestação leves ou mais complicadas da doença. O importante é estar atento aos sinais de alarme e se hidratar adequadamente.”, reforça Renata D’Avila Couto.

De acordo com a especialista, o infectado pode apresentar sintomas iniciais comuns a várias doenças, tendo febre, dor de cabeça (atrás dos olhos, principalmente), dores fortes pelo corpo, manchas pela pele (exantema) e, em alguns casos, náuseas e diarreia. Porém, existem sinais de alerta, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, queda da pressão arterial e qualquer sangramento, incluindo de mucosas do nariz e gengiva.

“Muitas pessoas acreditam que não apresentando mais febre, que o risco de evoluir com piora ou gravidade passou. Porém, a fase crítica da doença é entre o terceiro e sexto dia do início dos sintomas, quando a pressão baixa pode ser um sinal inicial de agravamento da doença. Se houver suspeita, procure imediatamente a unidade de saúde perto da sua casa e fique atento aos sinais de alarme. A hidratação intensa é fundamental no tratamento da dengue”, acrescenta Couto.

Além disso, a especialista do Sabin Atibaia adverte que, mesmo que o paciente já tenha tido dengue anteriormente, ele continua com risco de ser infectado novamente e adoecer, aumentando as chances de evolução para um quadro mais grave.  “Para esses casos, a vacina está fortemente indicada. Mas de qualquer forma, atentar-se para importância de uso de repelentes por todos, inclusive por quem está com dengue, ajuda a impedir que o mosquito pique e transmita a doença para pessoas da mesma residência, vizinhança, trabalho, entre outros espaços”, finaliza.

Sobre o Sabin Atibaia: O Albert Sabin Hospital e Maternidade foi inaugurado em 1997 em Atibaia e, atualmente, é referência na região Bragantina na área médico-hospitalar. Tem ampla capacidade de atendimento integrado a um ambiente acolhedor e humanizado. O Hospital conta com mais de 12 mil m2 de área construída, cerca de 100 leitos de internação, duas UTIs, quatro unidades de atendimento e mais de 800 colaboradores.

Além dos pacientes particulares, o Sabin Atibaia, como é chamado, realiza assistência de saúde para beneficiários de mais de 20 convênios médicos, atendendo mais de 17 municípios nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

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